Quando um professor assume uma sala de aula, dá a vida pelos seus alunos. Doralice de Abreu, 65, diz que aprendeu esse ensinamento nos primeiros anos de sacerdócio em Montes Claros, no norte de Minas Gerais, e o repassou às outras professoras da família.
Uma delas era sua sobrinha Heley de Abreu Silva Batista, que morreu na quinta-feira (5), aos 43 anos, após tentar salvar as crianças da creche em que trabalhava de um ataque que, até a noite desta sexta (6), havia deixado nove mortos e ao menos 41 feridos.
A tragédia foi provocada pelo vigia Damião Soares dos Santos, 50, que ateou fogo em si mesmo e nos alunos do centro de educação infantil Gente Inocente, em Janaúba (MG), a 554 km de Belo Horizonte.
No cortejo fúnebre desta sexta (6), a professora Heley foi aclamada como heroína. As investigações apontam que ela entrou na frente do autor do ataque para tentar barrá-lo e ajudou a salvar crianças mesmo em chamas.
Heley ficou com 90% do corpo queimado. Teve a morte decretada logo depois, mas o hospital recuou e disse que ela seguia viva. Às 23h, a esperança acabou –para desespero do marido, com quem deixa os três filhos do casal, de 15, 12 e 1 ano e 3 meses.
Folhapress
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